segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Uma Queda

Que infortúnio o meu
Pareceu-me a principio
Cair de minha embarcação
E perder minha preciosa espada
Segurei minha cabeça para manter-me vivo
O desejo de se manter assim veio do som das ondas
Meu melhor amigo por horas foi um barril quebrado
E então mal me sentia meu coração bater
Aquela mesmo que produzia o som me levou às areias
A partir daí as estrelas foram minhas velas
Trazendo luz e esperança
Muito tempo permaneci assim
No começo foi um sofrimento terrível
Os dias passavam e meu corpo envelhecia
Fui lá que cresci de verdade
E após o tempo de negação descobri um caminho
Que me levaria a um paraíso
Nessas terras que achava hostis
A razão e a necessidade infindável de viver
Era uma moça formosa
Outra naufraga desesperada a sair de lá
Mas o amor foi juvenil
Serene, recíproco e gentil
E foi assim que o mundo se formou
Com uma explosão intensa
Os céus devem ser certamente assim
“Não se vá e não me deixe ir”
Disse agora que eu a tinha
Algum tempo passou até que avistamos uma caravela
Do lugar em que o nosso Sol nascia