sábado, 22 de novembro de 2008

A Necissadade de Migrar

Haverá caminho após essa encruzilhada?
A tal mistura de conhecimento e sentimento
Penso o que será de mim depois do nosso encontro
Em que minha mente ociosa deve superar
Toda estrutura construída por mim mesmo
Vai se enganar se pensar que vivo a esmo
Imagina-se que a principio voa-se baixo
Porque dizem não haver espaço lá em cima
Mas asas que batem forte, sempre, tendem ao alto
A última pena que caiu em seu rosto
Assim como gotas de chuva do nosso último outono
Serviram para me mostrar que em mim só há um lugar
Para sentir de você a sinceridade do seu juízo
E quanto ao céu que agora é sufocante
Alias, sempre me pareceu asfixiante,
Talvez não seja o melhor lugar para se migrar
O pavor que carrego no rosto é sinal
Pois ao parecer, é tão intenso quanto o seu
Os outros, no entanto, parecem não mais entender
O falar, o discursar de poucas e baixas vozes
Que clama para que as diferenças de idéias
Não mais provoquem em alguns desespero
Em outros, os levianos, entretenimento
E se ainda restar-lhes algum sentimento
Façam disso o tal do recomeço
Todos dizem não haver um preço
Olhe para trás e não diga o mesmo

Nenhum comentário: